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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

À espera da reforma!

Há dias estive a conversar com um amigo de infância que continua a trabalhar em Macau. Conversa puxa conversa e lá chegamos ao tema da reforma, pergunta-me ele se agora, com as alterações das regras, se só posso reformar aos 65 anos? Bem, disse lhe que com as contas feitas talvez aos 60 ou 61 poderei reformar mas que na realidade não estava muito preocupada com isso.

Ele ficou muito surpreso, pois diz me que está mortinho para se reformar, que está farto de trabalhar, daquilo que faz, do ambiente em que se encontra...

Não estou satisfeita com as repentinas mudanças de regras do governo, mas também, não estou preocupada em reformar-me, ainda estou no inicio dos meus quarenta anos porque hei-de estar à espera de me reformar? O que vou fazer depois? Arranjar um outro emprego? Só se for isso mas estou muito bem onde estou, adoro aquilo que faço, o ambiente de trabalho é bom e se sou funcionária publica claro que não estou a pensar em enriquecer senão já tinha apostado numa carreira empresarial...

Admiro as pessoas que vivem a pensar na reforma, com pouca idade já a contar com o fim de vida e depois? Será que sabem o que significam a reforma? Ou só querem é não fazer nenhum?
Não me chateia levantar cedo todos os dias para vir trabalhar, já incomodou mais nos meus dias de juventude quando frequentava a vida nocturna, precisava de mais horas de sono, agora não e até é um prazer, não sou workaholic, quando saio daqui, deixo tudo para trás, nem sequer falo em trabalho em casa nem sobre os colegas.

Tenho colegas que se reformaram, por terem chegado à idade limite, outros que pediram a mobilidade especial porque acharam que era o que deviam fazer, hoje um deles volta frequentemente e o recebemos sempre com um grande sorriso porque também temos saudades dele, a colega que pediu mobilidade continua aqui a trabalhar de borla, pois é, porque se sente bem, se sente útil mas não presa a um sistema menos atraente.


Nem tudo é perfeito na vida mas tudo é uma questão de opção e aceitação, claro que gostaria de ter mais oportunidades para progredir e melhores condições para a reforma mas agora pressa para reformar não tenho e vontade para trabalhar é muita.

Não só ver reconhecido o trabalho que fazemos mas também compartilhar com os colegas o nosso dia a dia, crescimento dos nossos filhos, doenças dos familiares, problemas, alegrias, tantas e tantas coisas que a vida de trabalhador proporciona, qual é a pressa para não fazer nada?

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