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segunda-feira, 23 de junho de 2008

Fim de mais um ano lectivo

Finalmente acabaram os exames! Este ano tive os meus 2 rebentos em exames, um do 9º ano e outro do 11º ano, foram duas semanas de loucura. O mais novo teve aulas de preparação para exames de matemática e de português, preparação que o mais velho não teve nem agora nem quando frequentou o 9º ano na mesma escola. O rapaz está muito confiante que irá ter uma nota alta, achou facílimo os dois exames, estava muito bem preparado, para além de ser trabalhador, a preparação extra na escola e as explicações de matemática que já costumava ter só o poderia levar a resultados bem positivos. Com o mais velho, o quadro já é outro, senti muita dificuldade em tentar faze-lo concentrar nos estudos a partir do 10º ano, apesar de não ser um mau aluno, é daqueles adolescentes que não aproveita as potencialidades que tem. Para ele a média de 12 ou 13 está-se bem. Mesmo com ajuda dos explicadores, neste caso, de matemática e CFQ, o rapaz diz-se estar desanimado com a escola, a escola onde ele anda desde o 5º ano.

Tivemos imensas conversas com ele, para tentarmos perceber onde estaria o problema e chegamos a conclusão que só nos falta mesmo apoiá-lo e deixá-lo mudar de escola para ver se a motivação regressa com a mudança de ambiente e tudo mais. É uma pena, a escola onde andam os meus filhos é uma EB C+S bastante pacata, sem grandes problemas e também sem grandes acontecimentos. Situa-se perto da praia e tem um ambiente exterior espectacular mas infelizmente, a escola está velha e precisa urgentemente de obras de recuperação. As salas de aulas são demasiadas pequenas, as secretárias e as cadeiras são tão pequenas que servem apenas para os alunos do 5º e 6º ano. Só me apercebi desta situação numa reunião e nem quis acreditar que estava sentada nas mesmas cadeiras onde senta o meu filho aquelas horas todas. Como é possível encaixar 30 adolescentes numa caixinha daquelas? A reunião não durou mais de uma hora, mas consegui sentir um bocadinho o desconforto que é para os adolescentes com 1,90m. Se a adolescência em si já é uma fase difícil,tudo se torna motivo de critica, agora numa sala de aula sem condições ainda mais difícil torna.

Nunca há dinheiro para as escolas! O que interessa são as estatísticas, os números irreais para parecer-nos um bocadinho melhores em relação ao resto da Europa, em vez de preocuparem-se concretamente nos problemas. Porque não criar condições nas escolas públicas para cativar os alunos, fazer da escola um lugar onde os jovens se sintam bem, um lugar onde se possam identificar, penso que é um factor fundamental para maior sucesso escolar. A educação não tem que ser sempre aquela seca, os tempos mudaram. É por isso que cada vez há mais escolas privadas, e como escolas privadas, hospitais privados e já agora porque não fazermos já do Governo uma empresa privada, talvez só assim começamos a melhorar…


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